Os Princípios que regem as Constelações Familiares são chamados Ordens do Amor, exercem papel fundamental no equilíbrio e manutenção do sistema familiar.

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Tudo na vida é amor, Bert Hellinger, o Pai das Constelações Familiares, nos ensinou que a base do relacionamento humano é o amor. Mas apenas o amor não basta, não é o suficiente, não resolve. É necessário que este amor esteja de acordo com determinadas ordens ou princípios para que os relacionamentos sejam prósperos.

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Observemos a água: a água por si é ótima, mas quando em excesso pode alagar um ambiente; quando seu fluxo é interrompido toda a vida que vem depois em um rio poderá vir a morrer. Por onde e como esta água se conduz? Quando ela segue seu fluxo vital normal, tudo ocorre de modo satisfatório, mas o contrário pode gerar muitos transtornos.

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Os 3 Princípios básicos das Constelações Familiares são:

 

• Pertencimento que estabelece o vínculo entre as pessoas num determinado grupo.

• Hierarquia ou Precedência ou princípio da ordem dentro do grupo. 

• Equilíbrio ou Compensasão que é a dinâmica do dar e tomar presente em todas as relações humanas. 

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PERTENCIMENTO

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Essa lei observa que todos os indivíduos têm a necessidade de se integrar em um grupo. Não importa o que a pessoa faça de condenável, reprovável ou errado, ela sempre terá o direito de pertencer.

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Ao nascer, o ser humano sente a necessidade de se sentir parte de um todo, que é o sistema familiar, onde temos acolhimento e recebemos afeto importante para crescer, de forma harmônica.

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A aceitação e o acolhimento precisam acontecer independentemente de qualquer questão, das nossas atitudes serem boas ou ruins, e quando não acontecem irão gerar os desequilíbrios sistêmicos.

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Toda vez que algum membro da família tem comportamento imperfeito (ética e moralmente) como: roubar, matar, cometer diversos outros tipos de excessos, a tendência é que os outros familiares tendam a suprimir esta pessoa que cometeu tais falhas e afastem do convívio familiar gerando sua exclusão.

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Essa dor da exclusão irá ocasionar problemas para o excluído e para seus sucessores, com tendência a ser repetida nas gerações futuras. Estas gerações posteriores serão afetados pela situação, sem compreender o real motivo do problema.

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Esse desequilíbrio se harmoniza quando o membro excluído é  reintegrado ao sistema familiar. Desta forma cessam as necessidades de repetições nos destinos das futuras gerações.

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HIERARQUIA

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No sistema familiar cada pessoa ocupa uma posição, e tem a necessidade de ser reconhecida e valorizada pelos demais membros. É fundamental e necessário que se respeite aqueles que vieram primeiro. Ou seja, os filhos devem respeitar seus pais e, estes, por sua vez, precisam respeitar aqueles que vieram antes deles, seus antepassados.

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Quando os papéis se invertem, se os filhos ocupam, dentro da família, a posição que deveria ser de seus pais, será desencadeado o desequilíbrio. É quando observamos pais com comportamentos e atitudes infantilizados e filhos mais nervosos, ansiosos e emocionalmente frágeis, já que serão obrigados a suportar uma carga emocional que, em tese, não é sua e nem deveriam carregar.

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Mas devemos lembrar que respeitar a hierarquia familiar, não é dizer a ninguém para manter comportamentos e padrões familiares ou perpetuar sistemas vigentes de família.

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O mais importante é manter o respeito àqueles que vieram antes de nós, honrando-os e aceitando a hierarquia de nossos antepassados, para que assim o equilíbrio desta ordem seja plenamente mantido.

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EQUILÍBRIO

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No sistema familiar é básico que haja  equilíbrio entre o dar e receber. Isso quer dizer que é necessário que todos os membros doem e recebam afeto de forma proporcional, deste modo as relações conseguem se manter harmônicas.

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Mas, é comum observar nas relações afetivas, em que em um casal um dos parceiros venha a doar mais amor do que o outro, demonstrando mais amor do que seu parceiro ou parceira.  É importante observar nas Constelação Familiar, que atitudes como estas tendem a trazer desequilíbrios. 

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Na constelação deve ser observado este tipo de dinâmica entre o casal. Apesar do inconsciente coletivo nos levar a crer o contrário, principalmente com relação aos ensinamentos religiosos,  que devemos nos doar inteiramente por amor, e que tal comportamento não nos trará consequências negativas.

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Podemos observar que àquele que recebe mais afeto do que doa,  acaba por tornar-se dependente de seu parceiro, podendo ficar, menos interessante, aos olhos do cônjuge, que se doou em excesso.

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Essa dinâmica pode desencadear uma traição, já que o mais dedicado tende a sentir que está faltando algo, não havendo a reciprocidade no relacionamento. 

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Também pode ocorrer a sensação de culpa no parceiro que recebe mais afeto do que doa, pelo fato deste não conseguir retribuir na mesma medida o amor recebido.

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Nestes casos pode desencadear entre os parceiros processos de agressão verbal principalmente do que recebeu mais com relação ao parceiro que se doou demais, podendo gerar conflito pelo desequilíbrio entre dar e receber..  Podendo ocorrer a finalização do relacionamento.

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Outra questão de desequilíbrio é quando algum membro da família abdica da própria vida, de seus próprios sonhos, anseios, carreira, emprego, entre outros, em benefício de pais, filhos, cônjuges ou irmãos.

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Texto elaborado por Eloá Zan

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